Bem que ele tentou...!

Hoje acabei de ler um livro que falava sobre as mulheres. Era um livro escrito por um homem, para homens. Sobre as mulheres (ó!). Não gostei do que li. O autor nos classificou em categorias, e fez uma explicação sobre os tipos de mulheres que existem, para que o homem pudesse escolher a “melhor” companheira. Sem comentários sobre o quão machista era o material. Mas o que achei mais absurdo mesmo, é que o livro só tinha 50 mínimas páginas! Ok, tinha 65... porém várias eram ilustrações, e a maioria delas só continha o texto pela metade. Gente, que ingênuo. O homem não só achou que entendia o suficiente de mulheres para criar um livro, como também tentou explicar como “funcionamos” de maneira tão sucinta e superficial. Este homem está é deseducando seus leitores.

Não, nós não somos simples. Nós não temos botão de ligar e desligar, nem sempre falamos o que pensamos, não pensamos o que queremos nem queremos o que está em nossas mãos. E não somos todas interesseiras. Não somos todas fúteis. Não somos todas infiéis. Fazemos muitas coisas ao mesmo tempo. E fazemos bem. Fazemos depilação com cera. Vocês não são machos o suficiente para isso. Cuidamos de nossos filhos, incluindo o filho mais velho, o marido, e ao mesmo tempo em que ligamos para o escritório para resolver um pepino de última hora.

Os homens têm que parar de tentar nos classificar e desvendar nossos mistérios, pois somos como as pirâmides do Egito: Magníficas e indecifráveis. Todo mundo acha que tem uma teoria para nos desvendar. Mas conformem-se, meninos: Vocês simplesmente nunca terão completo conhecimento de como “funcionamos”.

E ao autor do livro, eu diria: “Tente outra vez, pesquise mais, encontre uma mulher para ajudá-lo a escrever e não economize páginas, principalmente. Faça vários volumes. E claro: tenha em mente que são apenas suposições.”